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Acerca de

My Family Cota

Eu quero ser

FAMÍLIA COTA: “Uma Festa para o nosso LUTO”
“Quando estou fraco é que sou forte”, (II Coríntios 12:10)


Com a morte de 6 pessoas de minha família durante a pandemia, incluindo meu pai, o pastor
Joaquim de Rômulo Cota, que morreu de câncer no dia 01 de Outubro de 2019 aos 78 anos de
idade, toda a família passou por um momento de muita tristeza, que levou muitos de nós a uma
depressão profunda.
Meu nome é Rosali Cota Craft, moro nos Estados Unidos há 22 anos, sou casada há 20 anos
com Steve Ryan Craft e tenho 2 filhos, Michael David Craft, 14 anos, e Matthew Daniel Craft, 11
anos.

Minha mãe, Josefa Amâncio Cota, morreu em 1983 aos 39 anos de idade, de ataque fulminante
de coração, deixando 2 filhos gêmeos com 10 anos, eu e meu irmão Ricardo, minha irmã mais
velha Rosângela, com 11 anos e meu irmão mais velho Ronaldo, com 16 anos.
Com a morte de meu pai em 2019, o sentimento de solidão e o vazio invadiu o meu coração,
pois reconhecer e sentir que os meus pais se foram, foi um sentimento que é impossível
descrever com palavras. Não foi fácil voltar para os EUA e não ter ninguém da família do meu
pai ou da minha mãe para me consolar, nem mesmo os meus irmãos, primos, primas ou tios e
tias, porque todos moram no Brasil.

Eu nasci em um lar evangélico, conheço e experimentei o perdão de Cristo, nasci de novo, e até
tenho o meu próprio ministério online www.ROSALICRAFT.com, onde conto o testemunho de
como Deus tem transformado a minha vida, depois do diagnóstico de autismo de meu filho mais
novo, Matthew.

 

 

 

 

Mas mesmo tendo um testemunho lindo para contar sobre a minha vida pessoal,
e sendo uma cristã que buscava sempre a Deus, a morte do meu pai e de tantos parentes
queridos, que se foram durante a pandemia, abalaram minha identidade em Cristo.
Durante esse período, eu simplesmente desisti de ser mãe, esposa e de mim mesma. Como sou
comissária de bordo da American Airlines, durante a pandemia fui licenciada do trabalho e então,
me vi perdida em profunda tristeza. Neste momento, a minha luta contra Deus se iniciou.
Eu simplesmente não aceitava a perda do meu pai e de tantos familiares durante a pandemia,
ao todo 6 pessoas. Quatro tios (Tio Toninho, Tio Geraldo, Tio Inhozito, Tio Marcelo, o primo
Flávio e meu próprio Pai, Joaquim.

 

 

 

 


“Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda
o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus”, (Salmos 42:11). Quantas vezes ouvi meu pai
pregar este versículo e nunca achava que era tão importante assim. Mas em minha solidão, eu
só queria uma coisa: acabar com a minha dor, mas não conseguia ver como, então, aceitei viver
na minha tristeza e, consequentemente, isso me levou à depressão.

 

 

 

Alguns dias se passaram depois do funeral do meu pai e meu irmão gêmeo, Ricardo, me mandou
um vídeo que fizeram de seu primeiro velório. Meu pai teve dois velórios, porque tinha três
igrejas, e como eu estava vindo dos EUA, tinha perdido o primeiro. O vídeo mostrava o pastor
Jorge Linhares, que sempre foi o meu pastor no Brasil. Fui discipulada na Igreja Batista
Getsêmani e toda minha base cristã foi formada com o pastor Jorge Linhares, até quando fui
embora do Brasil, no ano 2.000.

 

 

Ver este vídeo foi muito importante para mim, pois me lembrei do meu pastor, que sempre
cuidava de mim quando era uma simples adolescente, que me aconselhava sobre os meus
namoricos, e foi o primeiro a me incentivar a tocar pela primeira vez em um culto. Lembro que
tínhamos um piano vertical acústico e fui convidada para tocar pela primeira vez no momento da
oferta.

 

Quando terminei de tocar, o pastor Jorge olhou para mim e disse: toca mais uma? Eu
Respondi que só sabia aquela música e ele foi logo me motivando, dizendo para eu ensaiar outra
para o próximo Domingo.

Essa foi a minha juventude: aprendendo novos louvores e sempre participando do ministério de
louvor, tocando no ministério de crianças, adolescentes até chegar à minha vida adulta, sempre
na Igreja Batista Getsêmani.

 

 

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Ver este vídeo também me fez lembrar de outra coisa... eu tinha uma história... e ela não foi
iniciada nos EUA. Eu tive uma história no Brasil da qual não me lembrava, assim como não me
lembrava de mais ninguém, nem da minha própria família.
Como já vivo nos EUA há 22 anos, não tinha mais vínculo algum com a minha família ou amigos
que tinha no Brasil. Pedi ao meu irmão o telefone do pastor Jorge Linhares, e ao me passar o
número, já foi logo me alertando: ele é pastor da Igreja Getsêmani, não sei se vai atender.
Eu liguei e ele atendeu. Eu disse: quem está falando? Ele disse: Jorge Linhares. Eu respondi: o
senhor atende o seu telefone? Ele riu e disse: sim, eu atendo o meu telefone, e riu de novo.
Depois perguntou: quem está falando? Oi, pastor, sou eu Rosali, filha do pastor Joaquim Cota
que faleceu. O senhor lembra de mim? Ele disse: filha, eu te procurei no velório, você não pode
vir? A melhor coisa no mundo foi ouvir o meu pastor me chamar de filha. E ainda se lembrar de
mim depois de quase 25 anos? Isso me desmanchou. Comecei a chorar e ele começou a me
consolar com palavras bíblicas, lembrando das promessas de Deus para mim, como sempre fez.

 


“Por isso não tema, pois estou com você, não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei
e o ajudarei, eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa”, (Isaías 41:10).

 


Deus começou a falar comigo: quem cai não se levanta sozinho. Deus sempre nos levanta, e
usa pessoas para estender as mãos para nos ajudar a levantar. Deus me trouxe à memória o
dia em que a minha mãe morreu, em 1983. Eu só tinha 9 anos, mas não me lembro de estar de
luto quando a minha mãe morreu, ou ter entrado em depressão. Eu não me lembro nem de ter
chorado ou sentindo a falta dela. Eu amava a minha mãe, ela era maravilhosa, isso é o que me
lembro: que ela era uma mãe que adorava receber visitas, dar muitas festas com a nossa família
e era uma mulher cheia de Deus. Tínhamos, constantemente, cultos em nossa casa, o que
acontecia até nas férias, que passávamos em nossa casa de Guarapari, no Espírito Santo.

 

 


Então, Deus começou a me lembrar de algo: você estava sempre sozinha, ou acompanhada
depois que sua mãe morreu? Meu pai sempre chamava algum tio ou tia e seus filhos para brincar
conosco. A minha casa estava sempre cheia de amigos, vizinhos ou irmãos da igreja, mas
principalmente, de pessoas de minha FAMÍLIA.

 

“Depositei toda a minha esperança no Senhor,
ele se inclinou para mim e ouviu o meu grito de socorro. Ele me tirou de um poço de destruição,
de um atoleiro de lama, pôs os meus pés sobre uma rocha e firmou-me num local seguro. Pôs
um novo cântico na minha boca, um hino de louvor ao nosso Deus. Muitos verão isso e temerão
e confiarão no Senhor”, (Salmos 40:1 a 3).


Deus começou a me mostrar que a minha escolha de me isolar e passar o meu luto sozinha, não
era um plano Dele pra mim, mas uma decisão que tomei por mim mesma. Eu tinha motivo para
estar triste, só não precisava passar por aquele momento sozinha, e nem mesmo permanecer
nele. Porque Ele nos deu Seu único filho, para ser sacrificado por nós e Ele, em sua passagem
pela Terra, nos deixou muitos ensinamentos e o Espírito Santo para nos consolar. A Bíblia relata
toda a Sua trajetória nesta Terra e está repleta de esperança e vida.Essa esperança se baseia
em nosso relacionamento com Deus e com as pessoas..

 

 

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Liguei para os meus irmãos, com os quais não tinha muito contato, e percebi que nenhum deles
me conhecia mais. Muitos conversavam comigo como se eu ainda estivesse na adolescência.
Imagina, eu hoje, uma mulher de 49 anos de idade? Percebi que eles não me conheciam e nem
eu a eles. Mas notei também que o luto em que eles estavam era maior do que o meu. Muitos
nem atendiam o telefone, não queriam conversar comigo e nem com ninguém, exatamente do
jeito em que me encontrava. Liguei para algumas primas para tentar marcar um encontro, mas
nenhuma queria. Liguei para algumas tias para marcar uma visita e nenhuma quis. E ver isso me
fez sofrer, porque percebi que a família que um dia me carregou com tanta alegria e coragem no
meu momento de dor, me mostrava algo que eu não reconhecia, porque a alegria deles sempre
esteve comigo.

 

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Eu vi a minha família de luto! Um luto que era profundo e necessário, mas que não vislumbrava
uma saída ou um fim e nem podia contar com ninguém para ajudá-la a vencê-lo. Então eu chorei
mais ainda, e falei com Deus: Senhor, quem vai poder nos socorrer? Quem vai poder nos
consolar? E conheci, pela primeira vez, o que é o LUTO.
Todos nós tínhamos sido impactados com a morte de alguém querido e tínhamos motivos mais
que suficientes para não querer ver ou falar com ninguém. E Deus me trouxe à memória um
versículo que meu Pai sempre lia em muitas de suas mensagens evangelísticas, porque é assim
que Deus fala através da Sua palavra.

 

“Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome,
ali estou no meio deles”, (Mateus 18:20).

 


Então, senti algo dentro de mim que me fez saltar e dizer: “A MINHA FAMÍLIA É CHEIA DE
DEUS!”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A minha família precisa de Deus! Eu preciso de Deus! Nós precisamos de Deus! Nós
precisamos nos encontrar. Ficar juntos e nos abraçar.
Uma vontade imensa de ver toda a minha família reunida cresceu dentro de mim. E quanto mais
eu via a tristeza deles eu me via, e olhava para mim e lembrava do meu pai, e o que ele fez para
não sentirmos falta da nossa mãe quando ela morreu. E pensei: se estivermos juntos a tristeza
vai embora, juntos o nosso luto pode ser vencido. Eu sou testemunha disso, eu sei que Deus já
cuidou de mim e de meus irmãos e nunca nos deixou!

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Comecei a declarar bem alto: “A MINHA FAMÍLIA CONHECE A DEUS! A MINHA FAMÍLIA
PRECISA SER LEVANTADA POR DEUS! A MINHA FAMÍLIA -É CHEIA DE DEUS!” E comecei
a orar e louvar a Deus, lembrando dos hinos antigos que cantávamos juntos. O meu coração
começou a se alegrar e eu comecei a pular, e a chorar de alegria na presença do Senhor, vendo
pela fé o Senhor resgatando a minha família da tristeza. Eu disse: Senhor, eu irei, e farei o que
o Senhor me mandar, me ajude a nos reunirmos no Seu nome, Jesus, o Senhor é fiel para nos
consolar, nos libertar dessa dor que só o Senhor pode carregar!

 


                                             “Eu disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições,
                                                    contudo, tenha animo! Eu venci o mundo”, (João 16:33).

 

 

 

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Deus começou a me lembrar das mensagens do meu pai, das mensagens do meu pastor, das
mensagens que sempre ouvi tantas vezes. Das promessas que foram deixadas de vida eterna,
das palavras que um dia nos veríamos novamente, das promessas de esperança que Ele nos
deixou, que Ele venceu a morte para que um dia jamais pudéssemos sofrer essa dor da
separação.

 

“A fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos”,
(Hebreus 11:1).

 

 


Então, comecei a pensar em uma maneira de nos encontrarmos e pensei: uma FESTA. A minha
mãe sempre reunia a família para jantar, para celebrar e eu senti que precisávamos dar uma
festa! Deus começou a me ajudar a sonhar com essa festa e então me perguntei: como vou
reunir uma família de luto para uma festa? E Deus me mostrou que eu precisaria de ajuda. Ele
me trouxe sete primos e duas amigas de infância para me ajudarem a organizar a festa. Foram
três meses de lutas, porque ninguém queria sair de casa e muitos eram até contra a festa.
Estavam todos de luto e, dentro da lógica humana, tinham motivos para ficarem de luto e
permanecerem nele. Mas Deus colocou em meu coração: você vai dar uma festa para a sua

família como se fosse um casamento privado, porque eu serei o noivo e a sua família a minha
noiva.

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Essa festa terá um propósito: você vai trazer todos os tios que perderam os seus irmãos, e vai
orar por eles. Eu quero que você presenteie todos os seus tios e tias com um cristal, onde estará
gravado os dizeres: “a minha família é cheia de Deus”, simbolizando que eu estou sempre com
eles.

 

 


Você vai presentear todos os filhos casados com um cristal e, dentro dele, terá a réplica da Arca
da Aliança, para que eles renovem o compromisso Comigo de ensinarem os Meus mandamentos
para os filhos e abençoarem a futura geração deles como Moisés fez.

 

 

 

 

 

 

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Você vai presentear todas as suas primas com coroas de flores, porque elas estão muito
deprimidas, mas Eu já venci esse sentimento. As flores representaram a nova alegria que Eu
derramarei na vida delas. Você também vai presenteá-las com um bracelete de flores, para que
as mãos delas possam ser ungidas para abençoar outras mulheres e famílias que elas
conhecerem e tocarem.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Eu quero que você presenteie também os meninos que ainda são crianças. Faça um brasão da
sua família e coloque nele a Minha palavra e a Minha cruz. E um dia, eles lembrarão que foram
dedicados a mim. Também quero que você presenteie as meninas que ainda são crianças com
um pingente escrito FAMÍLIA, para que elas se lembrem de que nunca estão só e que Eu sempre
cuidarei delas. E não se preocupe com quem virá, porque eu darei autoridade aos seus primos
Roberto, Nivaldo, Eliton, Maisa, Raquel e Elizangela para falar em Meu nome. E assim fiz e
obedeci.

 

 

 


Foram 135 pessoas confirmadas e o poder de Deus se manifestou entre nós.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Nós louvamos a Deus, junto com as minhas amigas Kese Denarde e Ruli Ballmant, as quais
Deus resgatou para nossa festa através de nossa amizade nos muitos anos dedicados ao louvor
e evangelismo. Elas, além de contagiarem a minha família com a alegria do Senhor, me ajudaram
a preparar todas as homenagens para a minha família, juntamente com a Alice Bragança, que
apesar de ter somente 11 aninhos, ficou até altas horas da noite separando e guardando, junto
com sua mãe Ruli, todos os presentes que seriam dados durante a festa.

 

 

 

 


A festa foi um milagre de Deus. Ela aconteceu e louvamos a Deus, glorificamos o Seu nome e
declaramos que Ele é o nosso Rei e Senhor, mesmo em meio à nossa dor. Como isso foi
possível? “Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome ali estou no meio deles”,
(Mateus 18:20). Simples assim, porque nos reunimos para declarar o que não existia. Apesar de
estarmos nos sentindo sozinhos, Ele só se fez presente porque demos o primeiro passo e
dissemos: eis-me aqui. Eu não quero ir, eu não sinto vontade ir, mas porque o Senhor estará
presente,

                                                                             EU IREI.

 


Mesmo que alguns que compareceram tenham ido apenas para encontrar os familiares, eles
saíram cheios da presença de Deus. Porque a alegria de ver uns aos outros contagiou o nosso
ser, o ambiente foi cheio da presença de Deus e o poder do Espírito Santo se derramou sobre
nós e tirou a tristeza de dentro de nós.

 


Que a nossa história de transformação possa trazer inspiração para muitas famílias. Não importa
a circunstância da sua vida. Lembre-se: você nunca está só. E se você se achar sem ninguém,
sem nenhuma família para te socorrer nos momentos difíceis da vida, você sabe que já tem uma
família perto de você. A família de Cristo. E ela se encontra em cada igreja que declara que o
Senhor Jesus Salva.


Seus filhos, FAMÍLIA COTA, uma família cheia de Deus.

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